As coisas na internet aparentemente são muito rápidas,
só que não. Sempre temos essa impressão porque na verdade a internet é muito
superficial e modista. Para realmente ter noção de tempo aqui é preciso ser
mais hiperlinkado e navegar em redes profundas.
Olha só a prova disso. A Google em suas redes sociais
já adota as #Hashtags a muito tempo e só agora o Facebook vai aderir ao famoso
jogo da velha. Com a net é superficial em breve esqueceremos que o Face ficou
muito, muito tempo mesmo, sem esse recurso disseminado até pelo jornais
impressos em seus diários. Para alegria de alguns e desespero de outros. Um
bilhão de usuários terão acesso à função nos próximos dias.
Mas de onde vem a Hashtag? Com vocês a explicação
retirada do site Gizmodo.
por Felipe Ventura | Mas quem criou a hashtag? E quem ajudou a difundi-la? A resposta
para as duas perguntas envolve um rapaz chamado Chris Messina.
A inspiração para usar o # (jogo
da velha) veio do IRC. Nele, você inicia a mensagem com #nomedocanal para
dizer que ela pertence a certo grupo ou assunto.
Uma rede de microblogging decidiu
adotar a ideia: o Jaiku, comprado pelo Google em 2007 (e fechado em 2012).
Nele, você podia criar canais iniciando sua mensagem com #nomedocanal. Cada canal reunia mensagens com
conteúdo semelhante.
Em 2007, alguns usuários do
Twitter pensavam em criar grupos na rede social. No entanto, Chris Messina, um
conhecido defensor do código livre, propôs algo maior do que grupos: “eu
estou mais interessado em simplesmente ter uma experiência melhor de ouvir o
que outros estão dizendo no Twitter”. Ele fez uma propostaformal de como isto
seria incorporado à rede social, e foi o primeiro a usar a hashtag:
Dessa forma, era possível agrupar
tweets com conteúdo semelhante. Então Messina criou a hashtag; e Stowe
Boyd, que comentou as ideias de Messina em seu blog, cunhou o termo, em um post
chamado “Hash Tags =Grupos para o Twitter“.
E assim começava a era da
hashtag. No entanto, ela demorou a vingar: foi só em 2009 que o Twitter
começou a transformar todas as hashtags em links que levavam à interface de busca,
reunindo os tweets com a mesma palavra. No ano seguinte, foi criada a seção
“Trending Topics” – aí as hashtags decolaram.
À medida que o Twitter se tornava
mais popular, inclusive na mídia, as hashtags ganhavam espaço e começavam a ser
usadas mesmo fora darede social: era uma forma de acrescentar contexto, humor ou ironia
a mensagens de chat, e-mails, SMS e outras.
Em breve as hashtags tomaram conta do Facebook |
Então ela começou a ser adotada
por outras redes sociais. Chris Messina trabalha para o Google desde 2010. No
ano seguinte, após o lançamento do Google+, ele logo propôs que a nova rede adotasse hashtags
também. Em alguns meses, Vic Gundotra anunciava a novidade em um #googleplusupdate. (Hoje,
Messina trabalha como designer para a experiência de usuário do Google+.)
E este é apenas um dos casos.
Tumblr, LinkedIn, Pinterest, Instagram adotaram as hashtags – até mesmo as
comunidades do Orkut! Então na verdade o Facebook era a grande
exceção… até agora.
Por que a demora? Como aponta
John Herrman no BuzzFeed,
porque as hashtags no Facebook deixam os posts públicos realmente públicos. Ao clicar em uma delas, você é levado para
uma lista que agrupa os posts com a mesma hashtag: é um estímulo a mais para
pessoas que não conhecem você curtirem e comentarem o que você publica. Como a
rede social se envolveu inúmeras vezes em questões de privacidade, não é
surpresa que eles tenham demorado a adotar hashtags.
E por que adotá-las agora? Bem,
talvez porque o Facebook queira se tornar um destino para informação em tempo
real, e dar aos anunciantes um público mais engajado com a rede social. Afinal,
quanto mais você usa o Facebook, mais dinheiro os anunciantes pagam, e mais
contentes ficam os acionistas.
Então quando você usar alguma #hashtag no
Facebook – elas serão liberadas nas próximas semanas – esta será a culminação
de algo criado há seis anos. Se as pessoas vão usar hashtags do jeito certo,
bem, aí é outra história. [ The Atlantic - Wikipedia - BuzzFeed - New York Times;]
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